sábado, 20 de fevereiro de 2010


Postado por Valéria:




" Dizia o poeta: "Cada um sabe a dor e a delicia de ser o que é"




Encontrei um velho amigo, não velho mais amigo há muito tempo e entre um café e outro falávamos sobre nossas desventuras amorosas (desventura isso sim é um termo velho). Ele falava sobre sua ex mulher e eu sobre o ex marido, aquilo de bom e ruim que havia em cada um. Eu me lembrei que nunca fui um grande cozinheira, ele nunca foi um amante fiel, por fim ele disse, "ela não aguentou esse meu jeito..." e fiquei pensando naquilo que não somos, enquanto somos alguma coisa. O homem infiel pode ser um bom amante para muitas mulheres, a mulher cuidadosa pode cuidar de muita gente e não dar atenção necessária pra algumas coisas. O não ser bom num critério não nos exime de outras exigências; mas chegarmos aos 40 e poucos anos nos permite não sermos completos e aceitarmos aquilo que somos. Parece que deixamos de ser tão exigente conosco e aceitamos o que realmente somos. Sentir a dor do que não somos e a delicia de ser o que é consiste o grande segredo. Algumas pessoas passam a vida delegando ao outro sua própria felicidade, esquecendo-se de que habita em nós a arte de ser feliz. Outros, mestres na arte da negociação, encontram nas virtudes sua realização e abandonam a busca pelo perfeito e outros ainda, vivem em constante peregrinação na busca pela felicidade e quem sabe o parceiro ideal. Talvez meu próximo marido deva ser cozinheiro e eu suportaria um mal amante? Quem sabe...."

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