quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010


" Outro dia conversando com minha amiga Dailsa, falávamos sobre a necessidade de conhecermos alguém novo. Estou ficando acomodada e feliz com a vida sozinha, e isso é perigoso, posso pensar que homem é desnecessário e quando acordar sentir só o desejo sem resistência física para concretizar mais nada. Dailsa, pode me matar com seu mal humor dos últimos tempos e se não arrumar um parceiro, ela vai acabar canalizando em mim essa sexualidade transformada em agressividade: precisamos arrumar um namorado, com urgência. Numa de nossas conversas Ayres nos convida a conhecer a Limelitgh. Casa noturna frequentada por quarentões, boa pinta. Finalmente resolvemos ir ate lá e mudar um pouquinho essa mania que só o Charles salva. No dia seguinte, sentada na varanda de casa, comecei a imaginar como seria esta tal casa noturna e a imagem que rapidamente me veio a cabeça foi a cena da Cinderela. Que conto de fadas mais se aproxima de nossa realidade,senão nossa princesa? Limelitgh como o Charles, são o grande salão, com muita gente em volta, vendo as princesas procurar seus príncipes. As abóboras travestidas de charretes (carros) carregam hoje várias princesas que não contam com uma abóbora pra transformar. Cristal está em falta, mas quebra-se o galho com botox e silicones, hoje investimentos mais valorizados e apropriados que os longos vestidos rodados. Chegamos ao grande salão, procuramos o príncipe por todo lado, eu e todas as que estão no salão. Algumas no decorrer da noite perde a paciência e bebe, acreditando que seu príncipe faltou ao baile e aí qualquer fidalgo possue nobreza substituta. Algumas "valsas" mais tarde alguns casais acreditando ter encontrado seu par ou algo que o valha, embriagados pelo desejo ou pelo saquê, saem juntos para uma noite experimental, na esperança que em seu leito, no dia seguinte, estejam mais príncipes que sapos. Mas o brejo pode ter novo endereço na noite seguinte e quem sabe lá no Bar do Nelson, não seja diferente... "

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